A precificação na Reforma Tributária redefine não apenas tributos, mas a forma como empresas formam preço, calculam margem e planejam competitividade. O modelo atual — com PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI — será substituído gradualmente pelos novos tributos: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).
Desse modo, essa mudança traz um impacto silencioso e profundo: o nascimento do crédito amplo não cumulativo, que obriga os empresários a repensarem completamente suas estratégias de precificação.

E aqui está o ponto-chave: não basta “saber o imposto”. É preciso simular cenários, entender repasse, cadeia produtiva e efeito na margem.
É exatamente nesse cenário que um ERP preparado para a Reforma Tributária vira diferencial competitivo — e não apenas um sistema contábil.

Portanto, neste guia, vamos explicar de forma simples e prática:

A base da nova precificação: crédito amplo, fim da cumulatividade e transparência

Sobretudo, a principal promessa da Reforma é reduzir distorções causadas pela tributação em cascata. Todavia, o modelo tradicional gerava acúmulo de impostos ao longo da cadeia, impactando preço final e competitividade.

Com IBS/CBS, a lógica muda:

Ou seja, tudo o que gera receita é tributado. Tudo o que é insumo gera crédito.

Portanto, isso significa que a empresa deixa de “absorver” tributos pagos por fornecedores e passa a descontá-los.
Dessa forma, o custo real se aproxima do custo econômico, e o preço de venda pode ser calculado com base:

Mas atenção: não é 100% simples como parece.

O crédito amplo é poderoso — e perigoso se mal entendido

Empresas que não registrarem corretamente insumos, serviços e custos perdem créditos.
Ou seja: Perder crédito = perder margem.

Por exemplo:

Imagine o caso clássico

Ademais, empresas com gestão de estoque, compras e serviços desorganizada terão base tributária distorcida.

A cadeia produtiva define o preço final

Certamente, a precificação pós-reforma exige que você conheça onde sua empresa se posiciona na cadeia:

Assim, quanto mais intermediários existirem, maior será o volume de créditos circulando.
Mas, surgem dois desafios:

Repasse de tributos

Em primeiro lugar, com IBS/CBS, o preço tende a ser formado com tributo explícito, similar ao modelo de IVA aplicado em países europeus.
Então, o cliente passa a enxergar quanto paga de imposto, e isso pressiona o vendedor a justificar:

Em outras palavras: margem não pode ser “escondida” dentro do tributo.

Competição real na precificação pós-reforma tributária

Produtos similares, com estrutura tributária clara, expõem concorrentes:

Por exemplo, imagine duas distribuidoras vendendo o mesmo produto:

👉 Distribuidora A não controla créditos, não registra despesas e perde compensação.
👉 Distribuidora B usa ERP com simulação tributária e calcula preço baseado no valor líquido.

Todavia, o resultado é inevitável:

A precificação no pós-Reforma tributária precisa de simulação

Hoje, muitas empresas fazem precificação “pelo achismo”:

Contudo, nenhuma dessas técnicas funciona bem com IBS/CBS.

Porque agora cada operação exige visão completa:

Mas, a capacidade de simular cenários muda tudo:

“Se eu comprar de X e vender para Y, minha margem real será quanto?”

Essa pergunta só tem resposta se o ERP tiver:

Todavia, sem isso, precificação será chute — e chute vira prejuízo.

O papel do ERP na precificação pós-reforma tributária: não é contabilidade, é estratégia

Aqui está o grande equívoco do mercado:

“ERP é para emitir nota e controlar estoque.”

Não mais.
Visto que, no pós-reforma, ERP é ferramenta de decisão.

Ele precisa:

Mapear automaticamente créditos

Não adianta alguém “lembrar de lançar depois”.
Seja como for, sistema deve reconhecer:

Cada linha perdida = crédito perdido = margem corroída.

Calcular a carga líquida real

A nota fiscal pode mostrar uma alíquota de 25% (exemplo), mas a alíquota efetiva é menor porque parte volta em crédito.

Desse modo, a única forma de prever isso é com simulação informada por dados.

Ajustar precificação por segmento

Indústria ≠ distribuidora ≠ varejo ≠ digital.

O ERP precisa ter regras:

Automatizar faturamento sem paralisar operação

Todavia, a partir desse ano (2025), alguns casos exigem split payment, retenções automáticas e regras de destino.
ERP que trava nota = fluxo de caixa bloqueado.

Margem e rentabilidade: o novo jogo

Em resumo, empresas que dominarem precificação inteligente ganharão competitividade pelas próximas décadas.

Benefícios práticos:

O ponto é simples:

A Reforma não é problema.
A falta de preparo é.

Conclusão: precificação na reforma tributaria é planejar a empresa inteira

Por fim, o IBS/CBS transformam a precificação de um exercício contábil para uma estratégia empresarial.
Ou seja, quem continuar operando com tabelas fixas, planilhas e “margens intuitivas” perderá dinheiro — e mercado.

A empresa preparada será:

E essa preparação não depende apenas do CFO ou do contador.
Depende de tecnologia, um ERP que entenda a Reforma Tributária desde a origem.

Conheça o ERP que te ajudará.